A política da boa vizinhança é fundamental para quem vive em um condomínio. De fato, não dá para entrar em atritos e viver se chateando com as pessoas que o cercam, por mais que as divergências existam. O respeito, a paciência e o diálogo são boas maneiras de lidar com a vida em sociedade, o que é basicamente o cotidiano de quem reside em prédios.
O grande segredo, nesse caso, está em evitar tomar decisões enquanto estiver no calor de uma situação estressante e sempre ter na memória uma verdadeira cartilha de não deixar que problemas simples acabem crescendo.
Quer saber mais? Vamos mostrar dicas essenciais para conviver com vizinhos e exercer as melhores práticas na hora de garantir a harmonia em longo prazo. Acompanhe a leitura.
1. Conheça e respeite as regras do condomínio
Todo condomínio tem regras de convivência. Elas abrangem orientações sobre comportamento nas áreas comuns, dentro de casa e na forma como os moradores usufruem a infraestrutura dos prédios. É importante que, primeiramente, cada um saiba exatamente quais são as restrições. Isso garante que nenhuma atitude proibida seja praticada, ainda que sem intenção.
Conhecer as regras é obrigação de cada condômino, especialmente porque muitas delas estão sujeitas a multas. Informe-se nas reuniões ou solicite ao síndico uma melhor divulgação dessas orientações. Assim, você e seus vizinhos estarão sempre informados.
Fundamental também é seguir todas as regras e diretrizes à risca. De nada adianta conhecê-las e não colocá-las em prática. Lembre-se de que se alguém as definiu, foi pensando justamente na harmonia do condomínio. Segui-las é mostrar respeito e colaborar para a política da boa vizinhança.
2. Respeite as áreas compartilhadas
As áreas comuns do condomínio exigem ainda mais um comportamento comunitário entre todos os moradores. Elas são divididas e podem ser frequentadas por qualquer um, justamente por isso as regras precisam ser observadas e cumpridas. Há vários comportamentos que podem gerar desconforto, insatisfação e até mesmo atritos em alguns momentos.
No estacionamento, respeite as restrições de vagas e estacione adequadamente. Na piscina, respeite o espaço dos outros moradores e seja um vizinho agradável. isso também deve ser praticado na área de lazer, na portaria e em qualquer outra área compartilhada. A gentileza e a educação devem sempre ser as bases para o comportamento nesses locais.
Exercer essa preocupação pode ser muito positivo para gerar uma boa imagem para os moradores. A convivência em espaços comuns a todos será sempre um desafio, mas as chances de ter um condomínio harmonioso e pacífico crescem se cada um fizer a sua parte.
3. Cuide do lixo gerado
Esse é um problema muito comum e que deve ser pensado com todo cuidado para preservar a política da boa vizinhança. Lixo é coisa séria e deve ser controlado com todo cuidado por cada morador. O condomínio tem suas próprias regras e rotinas quanto ao recolhimento do lixo, então é fundamental segui-las para evitar qualquer situação desagradável.
Primeiramente, faça sempre o descarte adequado. Procure jogar seu lixo apenas em locais recomendados para que o recolhimento aconteça posteriormente. Não dá para deixá-lo em qualquer canto esperando que alguém o leve. Pode ser muito chato para os condôminos lidar com sacos que não são seus, especialmente se eles estiverem pelo caminho.
Outro ponto importante é a proteção do lixo. Use sacos fortes e que não tenham riscos de rasgos. Isso evita problemas no recolhimento. Vidros e objetos cortantes podem ser enrolados em jornais, evitando que alguém se machuque. Respeite também as diferentes lixeiras para descartes orgânicos, de metais, plásticos e papéis.
4. Busque conhecer os vizinhos
Por que não conhecer os vizinhos? Muitas vezes essa é uma ótima oportunidade de conduzir qualquer situação que possa ocorrer, fruto da convivência em um condomínio. Quando possível, puxe assuntos comuns, sem ser invasivo ou curioso quanto à vida pessoal de cada um. Gerar esse contato, mesmo que mínimo, mostra que você é uma pessoa aberta a diálogos.
Problemas futuros podem ser resolvidos muito mais facilmente se, em algum momento, você demonstrou abertura e simpatia. Por mais que você seja reservado, é comum precisar de outros vizinhos, ou até mesmo de contatos esporádicos para solucionar situações. Se você os conhece, terá mais facilidade para conduzir qualquer questão.
Naturalmente, não é necessário forçar nenhum tipo de amizade, se esse não for o caso. A política da boa vizinhança é fortalecida quando todos exercem a simpatia e a educação. Esse é o passo inicial para viver em um lugar melhor para todos.
5. Preze pela conciliação sempre que houver problemas
Problemas podem acontecer na vida em condomínio: desavenças, desacordos e até mesmo a falta de respeito das regras de convivência geral. Nesses momentos, é preciso ter calma, paciência e muito diálogo. A conciliação é sempre o melhor caminho para que tudo fique da melhor forma para os lados envolvidos.
Busque um diálogo direto se você enfrenta algum problema frequente com um vizinho específico. Com a abordagem correta, essa atitude não vai parecer incisiva demais, muito pelo contrário. Com respeito e educação, a outra pessoa entenderá que está gerando algum transtorno e vai considerar a sua solicitação — esse pode ser sempre o primeiro passo para a solução.
O síndico também precisa exercer o papel de conciliador no condomínio. Se preferir, comunique o problema a ele e se mostre disponível para um diálogo de resolução do problema caso você não se sinta bem em abordar diretamente o condômino. Há maneiras pacíficas e simples de resolver essas questões e, acredite, essa é sempre a melhor saída!
6. Seja solidário e participativo
Ainda que não seja obrigatória na política da boa vizinhança, a solidariedade faz toda diferença na vida em comunidade. Pessoas têm diversas necessidades e, em algum momento, pode ser que a sua ajuda resolva algum problema. Por que não se mostrar disponível para auxiliar? Condôminos precisam estar sempre prontos para ajudar com questões mais simples possíveis.
A velha história do vizinho que bate na sua porta para pedir um pouco de açúcar é muito explorada em campanhas publicitárias, e realmente ela pode acontecer. Assim como essa situação, muitas outras ajudas e colaborações podem ser solicitadas e, de sua parte, também podem ser oferecidas de maneira ativa. Ajudar é sempre importante, já que você pode precisar de algum suporte no futuro.
A participação no condomínio também se faz fundamental. Vá às assembleias, reuniões, confraternizações e momentos em que se tomam decisões ou comemoram juntos. Você não precisa ser o amigo de todos, mas ter bom trânsito e contar com a simpatia dos moradores será ótimo para a sua convivência no condomínio.
7.Conheça as principais causas de conflitos
Mesmo que você seja uma pessoa extremamente paciente e sempre preze por resolver os problemas de maneira calma, conviver com os vizinhos é uma via de mão dupla. Ou seja, a paz não depende apenas de uma das partes, concorda? Quando alguém fica no prejuízo, torna-se muito comum que essas questões parem no poder judiciário.
Como o que você menos deseja é perder tempo e dinheiro correndo atrás de advogados em processos que nem sempre compensam o estresse envolvido, o melhor caminho é ficar por dentro de quais são os fatores que fogem da boa convivência e das soluções mais utilizadas para acalmar os ânimos sem desagradar nenhuma das partes. Veja, a seguir, alguns exemplos.
Calote
Moradores com taxas obrigatórias atrasadas no condomínio geram alguns transtornos. Certamente, são responsáveis pela maioria dos problemas de convivência pela falta de compromisso com as contas. Além de deixar um buraco na administração interna, ainda causam aumento nos valores cobrados para cobrir as brechas deixadas.
Na maioria dos casos, se o número de inadimplentes é muito grande, quem paga em dia sofre as consequências e costuma ficar insatisfeito com esse tipo de injustiça. O problema, no entanto, acontece porque o processo até conseguir um acordo com os atrasados tende a ser bastante demorado, especialmente se medidas legais forem acionadas.
Enquanto isso, o dinheiro deixa de entrar e as contas continuam iguais — ou até mesmo maiores. Por esse motivo, os responsáveis pela administração do condomínio apresentam as despesas discriminadas para que cada um saiba o que está pagando efetivamente e conheça os motivos dos aumentos juntos da melhor maneira de resolvê-los.
Infiltrações
Pode até parecer simples de resolver à primeira vista, mas os problemas com caos e infiltrações causam muita dor de cabeça. Quando isso vem de outro lugar que não do próprio apartamento, as pessoas ficam mais ansiosas para resolver logo e acabam criando um grande conflito entre vizinhos. Agora, quando os responsáveis em solucionar a questão se mostram omissos, a reclamação passam a ser constantes.
O primeiro passo está em investigar a origem da falha. Assim, fica muito mais simples compreender como será feito o processo de resolução. Na maioria das vezes, quando o clima fica insustentável, o condomínio precisa entrar como uma opção conciliadora para que as partes envolvidas consigam entrar em acordo financeiro.
Se a situação for direcionada aos poderes da justiça, o processo começa com a averiguação de uma perícia que busca identificar a raiz do vazamento. Ao detectar os moradores responsáveis pelos reparos é emitida a sentença. Porém, a dificuldade está, justamente, em aguardar o tempo burocrático que leva para que isso tudo aconteça com falhas graves no sistema de funcionamento de sua casa.
Animais de estimação
Apesar de serem uma alegria aos seus donos, os bichinhos de estimação, como cachorros, pássaros e gatos, são motivos frequentes de discórdia. O motivo é que os condomínios que permitem animais domésticos costumam apresentar regras rigorosas sobre o assunto. Muita gente não considera justo, por exemplo, ser obrigado a carregar o cachorrinho no colo enquanto passa por áreas comuns do prédio.
Outra questão é o barulho causado por latidos que tendem a aumentar quando os donos saem de casa. Essas discussões também passam por falta de cuidado com a sujeira deixada pelos pets e outras questões que envolvem risco as crianças moradoras. A maioria das decisões, no entanto, deve ser abordadas em assembleia enquanto todos os responsáveis pelos apartamentos estiverem presentes.
Carro
Manter seu carro seguro na garagem podem ser uma tarefa bastante trabalhosa. Se você nunca chegou até o local e encontrou a pintura riscada ou a lataria batida pelo descuido de vizinhos deve se considerar muito sortudo. Sem contar o estresse que gera encontrar outro veículo estacionado na vaga demarcada com o número do seu apartamento.
Quando não surge nenhum responsável ou o vizinho apontado se recusa a assumir o prejuízo, as reclamações tendem a ser levadas até as últimas consequências na justiça. O mais importante, em situações de avarias, é reunir provas suficientes para sustentar o caso diante de um processo oficial.
Crianças
A presença de crianças é constante em condomínios, e as áreas de diversão têm entretenimento para que elas possam se divertir. Considerando isso, muitos vizinhos se incomodam quando o barulho se mostra excessivo em lugares inadequados ou fora do horário permitido.
Por mais que todos saibam que os pequenos correm, choram e gritam, algumas questões agem como agravantes de relacionamentos com brincadeiras desacompanhadas ou até mesmo trocas de ofensas. Ai não tem jeito, os pais compram as brigas no mesmo momento e o vizinho passa a ser o inimigo número um.
Cobranças indevidas
Qualquer valor que seja cobrado pontualmente para uma festa específica costuma dar o dobro de trabalho aos responsáveis pelo condomínio. Por exemplo, quem não vai participar da festa junina deve contribuir com a ajuda financeira para compra de comida?
Esse tipo de dúvida já se torna suficiente para gerar desavenças, especialmente, quando as regras da gestão são flexíveis em situações assim. Dentro desse contexto, é indispensável ter uma política interna que seja bem clara sobre despesas adicionais em casos de festividades.
Prova festas em espaços comuns
Se divertir entre amigos é uma excelente forma de deixar a desavenças de lado. Quanto mais os vizinhos se conhecerem, mais fácil será abordar os problemas e encontrar soluções que atendam às necessidades de todos.
A dica, aqui, é estimular a convivência e o espírito de comunidade com várias ações pontuais que mostrem que uma discordância não pode ser o suficiente para acabar uma amizade. Entre as principais sugestões estão fazer campanhas de doações, festas em datas comemorativas, ações para as crianças e confraternizações de final de ano.
Além disso, trace estratégias que ajudem na colaboração de todos. Ao se sentir como parte importante da engrenagem que faz as coisas funcionarem harmoniosamente, as pessoas ficam mais colaborativas e se colocam no lugar dos outros em situações de difíceis decisões.
Compartilhe informações de contatos
Compartilhar informações positivas e de serviços eficientes é sempre uma boa ideia para reforçar a sensação de harmonia entre os vizinhos. Então, monte uma espécie de mural colaborativo para informações, como pedreiros de confiança, entregadores ou, até mesmo dicas, de passeios bacanas pela região.
O ponto central de uma comunidade gira em torno de sentir que todos vestem a mesma camisa. Com isso, quando surgir um problema, o estresse será muito menor, já que as pessoas vão se lembrar que a vizinhança também apresenta vários fatores positivos.
A política da boa vizinhança se faz necessária para todos! Respeite as regras, se mostre simpático e acessível, além de buscar resolver qualquer questão em diálogos amigáveis. Seguindo as dicas que você viu neste post, o caminho é de harmonia e convivência em um lugar tranquilo.
Fonte: www.blogdamrv.com.br